A polícia espanhola concluiu que o atacante Diogo Jota, do Liverpool e da seleção portuguesa, provavelmente dirigia em alta velocidade quando perdeu o controle do carro, resultando em um acidente fatal na madrugada de 3 de julho, na região de Zamora, no noroeste da Espanha. Ele e seu irmão André Silva, de 25 anos, morreram no local.

Detalhes do acidente e investigação

Segundo a Guarda Civil, as marcas deixadas por uma roda do Lamborghini Huracán indicam uma velocidade superior ao limite permitido de 120 km/h. "Todos os exames realizados até o momento indicam que o motorista do veículo era Diogo Jota", informou a corporação.

A investigação ainda considera a possibilidade de que o estouro de um pneu durante uma ultrapassagem tenha contribuído para a perda de controle, além da qualidade da pavimentação da rodovia. Após sair da pista, o carro pegou fogo e os irmãos morreram carbonizados, conforme relatório preliminar.

Contexto pessoal e médico

O acidente ocorreu menos de duas semanas após o casamento de Diogo Jota com Rute Cardoso, com quem tinha três filhos. Horas antes da tragédia, o jogador havia compartilhado um vídeo do evento nas redes sociais.

A escolha por viajar de carro foi feita por recomendação médica, já que Jota havia passado recentemente por uma cirurgia pulmonar. Ele seguia para a cidade portuária de Santander, onde embarcaria em uma balsa para a Inglaterra, evitando assim os riscos do voo devido a possíveis complicações respiratórias causadas pela pressão da cabine.

Carreira e legado

Diogo Jota, de 28 anos, iniciou sua trajetória no Paços de Ferreira, tendo jogado também por Atlético de Madrid, Porto e Wolverhampton antes de se transferir para o Liverpool em 2020, onde conquistou a Premier League 2024/25 e a UEFA Nations League com Portugal. Seu irmão André, de 26 anos, passou pela base do Porto e atualmente defendia o Penafiel.